Fonte: Site da CSP Conlutas
Reunidas nesta segunda-feira (27), as 11 centrais sindicais brasileiras confirmaram a realização do segundo dia nacional de lutas da campanha Fora Bolsonaro para o próximo dia 7 de agosto.
Novamente, a proposta é que sejam realizadas assembleias e mobilizações nas mais diversas categorias de trabalhadores em seus locais de trabalho ainda pela manhã e protestos e atos simbólicos ao longo do dia.
As principais bandeiras de luta serão em defesa da vida e dos empregos e, por isso mesmo, pelo Fora Bolsonaro. Já está demonstrado que sob este governo de ultradireita, as crises sanitária, econômica, social e política só irão se agravar a cada dia.
O Brasil se aproxima da trágica marca de 100 mil mortos pela Covid-19 e diante deste cenário assustador a postura do governo Bolsonaro e Mourão segue criminosa. Sob o comando interino do general do Exército Eduardo Pazuello, o Ministério da Saúde vem tendo uma atuação desastrosa e insuficiente. Menos de um terço do dinheiro disponível para o combate à pandemia foram investidos.
Ao mesmo tempo outra tragédia se abate sobre a classe trabalhadora e os mais pobres: sem haver um combate efetivo à pandemia, a crise econômica se agrava.
O desemprego é alarmante. De cada 10 trabalhadores em idade ativa (em condições de trabalhar), cinco estão fora do mercado de trabalho. Quem consegue trabalho, enfrenta condições cada vez mais precárias, a informalidade e as medidas provisórias de Bolsonaro que estão destruindo os direitos trabalhistas.
Os ataques ao meio ambiente, aos povos indígenas, aos quilombolas, à população pobre e negras que sofrem um genocídio nas periferias, favelas e ocupações, aos negros e negras, mulheres e LGBTs, também são outros crimes deste governo de ultradireita.
Nesta segunda-feira, um grupo de 152 arcebispos e bispos da Igreja Católica divulgaram uma carta com duras críticas ao governo. No documento, os religiosos afirmam que Bolsonaro demonstra “omissão, apatia e rechaço pelos mais pobre”, além de “incapacidade para enfrentar crises”. “O desprezo pela educação, cultura, saúde e pela diplomacia também nos estarrece”, cita o texto. “Assistimos discursos anticientíficos, que tentam naturalizar ou normalizar o flagelo dos milhares de mortes pela Covid-19” (confira aqui a íntegra da nota da CNBB).
Quarentena geral, com renda para todos, já!
A CSP-Conlutas novamente empenhará todos os esforços para a organização deste dia de luta, assim como fizemos no dia 10 de julho. Seguimos cobrando dos governos que decretem uma Quarentena Geral por 30 dias com renda digna para todos os trabalhadores e pequenos proprietários. Só assim a maioria da população poderá, de fato, ficar em casa para fazer retroceder a pandemia.
A defesa dos empregos também só é possível com a proibição das demissões e garantia efetiva de estabilidade no emprego, salários e direitos integrais, e revogação de todas as medidas do governo que reduziram os direitos dos trabalhadores, como as reformas Trabalhista e da Previdência. Todos os despejos precisam ser suspensos. Principalmente, em meio à pandemia, é inadmissível colocar famílias no meio da rua, sem um teto.
O caminho é a luta e a unidade da classe trabalhadora. Neste sentido, todo apoio e solidariedade às lutas em curso, como dos trabalhadores da Saúde, dos Correios, dos petroleiros, aos metroviários (que aprovaram greve esta semana e suspenderam após o Metrô de SP recuar nos ataques), à greve sanitária dos trabalhadores do Judiciário de SP (que luta contra a obrigatoriedade do trabalho presencial), dos profissionais da Educação, que ameaçam ir à greve para impedir a volta às aulas em meio à pandemia; ou ainda dos metalúrgicos da Renault que lutam contra mais de 700 demissões feitas pela montadora no Paraná.
O dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes fala sobre o segundo dia nacional de lutas em 7 de agosto. Confira: http://cspconlutas.org.br/2020/07/7-de-agosto-facamos-um-segundo-dia-nacional-de-lutas-pelo-fora-bolsonaro-e-mourao-em-defesa-da-vida-dos-empregos/