Neste momento arde em chamas o Museu Nacional da UFRJ. Ardem em chamas 200 anos de acervos e pesquisas nas mais diferentes áreas do conhecimento: arqueologia, paleontologia, antropologia, história, linguística, botânica, entre tantas outras. Arde também em chamas o trabalho de dezenas de gerações de pesquisadores, professores, técnicos e estudantes.
Como ex-aluno da UFRJ, como militante por quase uma década do movimento estudantil nesta Universidade, me sinto devastado. Desde 1993, quando ingressei na UFRJ, passei a fazer parte do gigantesco número de lutadores em defesa da universidade pública, que denunciaram e ainda denunciam o seu desmonte e o descaso dos governantes com a produção do conhecimento.
Muitos irão falar sobre o “desastre” ou a “tragédia” do Museu Nacional. Não podemos permitir. O que está acontecendo com um dos mais importantes centros de produção de conhecimento do Brasil (e do mundo, em algumas áreas) só tem um nome: é CRIME! Precisamos nos unir para denunciar este crime. Precisamos unir a comunidade universitária do país, com outros setores do serviço público e da sociedade em geral para denunciar que isto é um crime que, aliás, denunciamos há algumas décadas.
Como vereador e candidato a deputado federal, me comprometo a usar todas as armas institucionais para denunciar os responsáveis por este crime. Eles não estão na UFRJ. Eles estão em Brasília.
Como cidadão e como ex-aluno da UFRJ, choro neste momento, mas tirarei destas lágrimas o combustível necessário para continuar lutando pela universidade pública, gratuita e socialmente referenciada que sempre defendi.
Solidarizo-me com a comunidade da UFRJ e com a comunidade acadêmica do país e me coloco à sua disposição para tudo o que for preciso.
Renato Cinco